O silêncio como refúgio, a música como companheira.

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ATROCIDADE











Violência, crueldade, sofrimento e morte.
Cenas de horror na tevê.
Como reverter a sorte
Do futuro que já se vê?

Realidade desvendada:
O grotesco é oferecido a esmo!
Fincados em nós mesmos,
Somos e estamos sujeitos.

Mas nada fazemos.

Seqüestram filhos, torturam pais.
Sacrificam olhos e ouvidos,
Episódios sem sentidos.
E cada vez mais.

Violentados em sua dignidade,
Por desespero e para sobreviver,
Homens negam sonhos e ideais.

E a besta se compraz.
Não dá trégua, não mede légua.
Vai atrás.

É insana, desumana e feroz.
Tudo sabe... Julga. Nada sabe,
A não ser impor seu modo atroz.