O silêncio como refúgio, a música como companheira.

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Dai a César


Eu desejo o teu corpo nu deitado junto ao meu, em um insólito enredo,
pra sussurrar no teu ouvido o que já não é mais nenhum segredo.
Beijar a tua boca e, tudo aquilo que me permitires, morder:  
mamilo, queixo, lábios, nariz.
Eu prometo que não vai doer... quase nada!
Encostar-me no teu peito e deslizar, sem vergonha, minha língua afiada 
por caminhos que te levem à loucura, por puro prazer!
Sentir a tua respiração, que já não esconde o desejo indecente de me dar, 
a certa altura, tudo aquilo que eu mereço.
E então penetrar a tua alma, ocupar o teu espaço, que, na verdade, já é meu.
Porque sou teu senhor, teu escravo, teu amor!